Ele foi vendido durante duas décadas acumulando mais de 1 milhão de unidades vendidas
909. Estes foram os números de um projeto da General Motors o qual mais tarde o público o conheceria como Chevrolet Chevette . A ideia de construir este automóvel que a GM o considerava como “veículo de passageiros de médio-pequeno porte” partiu ainda cedo, nos idos de 1962.
Porém, somente três anos depois, após uma forte pesquisa de mercado entre seus possíveis e futuros compradores, a GM anunciaria o seu próximo lançamento, investindo US$ 102 milhões que incluiria: uma nova fábrica de motores em São José dos Campos-SP, a duplicação da fundição, um novo setor de estamparia e também uma moderna linha de montagem.
Baseado no Opel Kadett , o Chevette foi um sucesso de vendas no seu segmento, graças as suas linhas modernas, além da durabilidade, eficiência e rapidez no trânsito. Contavam também a seu favor o espaço interno. Media 4,12 m de comprimento, 1,57 m de largura e 1,32 m de altura.
As primeiras unidades do Chevette vinham com motor de 1.400 cm3 (especialmente desenvolvido para o modelo) cuja potência máxima rendia bons 68 HP a partir das 5.800 rpm.
Seu peso de 870 Kg na prática também ajudava no desempenho. Acelerava a máxima de respeitosos 140,62 km/h e cumpria a tarefa de zero a 100Km/h em 19 segundos.
Durante a sua trajetória, o Chevette ganhou diversas opções de configurações como Hatch, Sedan, Perua (Marajó) e picape (Chevy 500) , esta última fabricada até 1995. O sedã, porém foi comercializado de 1973 a 1993, acumulando nestes vinte anos de sucesso com muitas vitórias e conquistas.
Inovação mecânica
Considerado o primeiro carro nacional com comando de válvulas no cabeçote acionado por correia dentada, o Chevette foi comercializado inicialmente nas versões Standard e SL (Super Luxo) , apresentadas à imprensa no dia 24 de abril de 1973.
Logo depois viriam as demais opções. A GP foi uma delas! A GP (Grand Prix) , foi uma série especial fabricada em 1976 homenageando ao Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 daquele ano. Vinha com faixas pretas no capô e laterais, faróis de neblina, sobre-aros nas rodas.
Um ano depois surgiu a GP II , com mudanças no motor, tornando-se mais econômico graças às mudanças no comando de válvulas, distribuidor e carburador aperfeiçoado.
A mudança mais significativa ocorreria já em 1978, ganhando um visual baseado no Pontiac Firebird norte-americano . Na traseira não houve muitas mudanças na linha, mas já apresentava novo fôlego para brigar com VW Brasília, Chrysler Dodge 1800 e Ford Corcel , seus principais concorrentes.
Com a comemoração de 500.000 unidades produzidas, a fábrica apostava em outros modelos como a versão Hatch e uma perua denominada Marajó , lançados em 1981.
Curiosamente, uma versão automática, de três marchas chegou a ser oferecida em 1984, um ano depois da segunda reestilização da linha Chevette. Porém o Chevette automático durou até o ano de 1990, devido a pouca procura desta versão.
Com a chegada dos carros populares, a GMaproveitava o momento para lançar o Chevette Júnior , uma estratégia de aproximar o consumidor do sonho do carro novo.
O popular da GM perdia o acabamento de tecido nas portas, tornando-o mais simples possível. O Chevette Júnior recebia vidros mais finos como forma de aliviar seu peso, mas mesmo assim surpreendeu muito devido a sua potência relativamente baixa, de econômicos 50 cv.
No dia 12 de novembro de 1993, um Chevette Lde 1.6 litro, na cor branca, se despedia da linha de montagem da GM acumulando um total de 1,6 milhão de unidades vendidas.
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