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sábado, 3 de novembro de 2018

TORRES NOTICIAS Conmebol rejeita pedido do Grêmio, mantém River na final da Libertadores e pune Gallardo


Técnico do River Plate foi punido em quatro jogos (no primeiro não pode sequer ir ao estádio) e pagamento de multa de US$ 50 mil (cerca de R$ 184 mil)


 
Classificado dentro do campo, o River Plate está confirmado na final da Libertadores contra o rival Boca Juniors. Neste sábado, a Conmebol rejeitou o pedido do Grêmio nos tribunais e manteve o resultado do jogo de volta da semifinal, vencido pelos argentinos por 2 a 1. O técnico Marcello Gallardo foi punido nos próximos quatro jogos do River em competições da Conmebol: no primeiro não pode sequer ingressar no estádio e nos demais está suspenso, além de pagamento de multa no valor de US$ 50 mil (cerca de R$ 184 mil).

O time gaúcho fez uma reclamação formal à Conmebol para que fosse declarado o vencedor da partida por 3 a 0, o que lhe garantiria na decisão. A alegação foi o descumprimento da punição imposta ao técnico argentino no jogo da última terça-feira, na Arena. Suspenso, Gallardo assistiu ao jogo de uma cabine, mas desceu ao vestiário do River no intervalo da partida. Além disso, manteve comunicação direta com o banco de reservas no gramado.
O recurso foi julgado em audiência na sexta-feira na sede da Conmebol, em Luque, no Paraguai. A sessão, inicialmente marcada para a tarde de sábado, foi antecipada, para surpresa dos dirigentes gremistas. O clube precisou organizar uma força-tarefa na última hora para conseguir um avião particular e viajar ao Paraguai pela manhã. Os membros do Tribunal Disciplinar da Conmebol voltaram a se reunir na manhã deste sábado para tomar a decisão, divulgada no início da noite.
– Decisão que desmoraliza e desacredita por inteiro o futebol sul-americano. É praticamente incentivar o processo de facilitação, de consumar o ilícito, a falcatrua, e praticamente não ser punido. Três partidas, apenas. Nestas condições, uma multa de US$ 50 mil, que não é nada pelo que está em jogo. Estamos criando a condição da impunidade, da esperteza, de afrontar a organizadora do futebol e ela de cócoras a isso. Vamos examinar nossas relações no futebol sul-americano – disse o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan, à Rádio Gaúcha.

A Conmebol já havia sinalizado que não aceitaria a denúncia do clube gaúcho ao comunicar a mudança de datas das finais. As duas partidas da decisão estavam previstas para os dias 7 e 28 de novembro, duas quartas-feiras. Mas uma reunião do G-20 em Buenos Aires fez as autoridades argentinas pedirem a mudança das datas para os dias 10 e 24 (dois sábados).
Na véspera da decisão da Conmebol, Marcelo Gallardo concedeu entrevista coletiva em Buenos Aires. O técnico do River disse que burlou a suspensão da Conmebol movido "por impulso", mas que não vê argumentos para tirar a classificação do seu time para a final.

Como foi o julgamento

A audiência no Tribunal Disciplinar da Conmebol iniciou às 11h de sexta-feira e durou cerca de duas horas e meia. Além de Hein, representaram o Grêmio os advogados Leonardo Lamachia, Henrique Pinto, Jorge Petersen e o uruguaio Fernando Sosa, contratado pelo clube. O CEO Carlos Amodeo também esteve presente. O River Plate enviou suas alegações por escrito, mas poderia participar da sessão por videoconferência.
Após as alegações do Grêmio, os membros do Tribunal de Penas da Conmebol ouviram o depoimento do delegado da partida na Arena, Oscar Astudillo. A estratégia usada pelo clube gaúcho para conseguir a reversão do resultado foi tentar responsabilizar o River pelas ações de Gallardo. O argumento, baseado nos artigos 19, 56 e 76 do Código Disciplinar da Conmebol, era de que o treinador influiu diretamente na partida, mesmo estando suspenso.

– Foi uma audiência longa, com oitiva com testemunhas, provas visuais, de áudio, documentais, considerações sobre a defesa do River que colocou pontos de jurisprudência que não diziam respeito ao que se discutia aqui. Temos certeza que fizemos o trabalho que nos competia fazer – disse Nestor Hein, antes da divulgação do resultado
Dos cinco membros do Tribunal Disciplinar, apenas três particiaram da audiência: Eduardo Gross Brown (Paraguai), Amarílis Belisario (Venezuela) e Cristóbal Valdez (Chile). O primeiro presencialmente, e os demais por videoconferência. Antônio Carlos Meccia (Brasil) e Diego Pirota (Argentina) não participam por representarem os países envolvidos no processo.


Advogados do Grêmio foram ao Paraguai na última sexta-feira — Foto: Fernando Becke

Após ouvirem as alegações do Grêmio e a defesa do River, eles se reuniram durante a tarde de sexta para discutir o assunto. Na manhã deste sábado, Brown retomou os trabalhos a partir de seu escritório, já que a sede da Conmebol estava fechada. A demora para o anúncio do resultado gerou expectativa entre os gremistas. Frustrada com a pena, considerada branda.
O Grêmio ainda pode recorrer da decisão ao Tribunal de Apelação da Conmebol. Mas o clube diz que vai acatar o resultado se não tiver reais chances de vencer.
– Temos o recurso que pode ser interposto em 24 horas, com pedido de efeito suspensivo do campeonato. Se os argumentos são bons, o Grêmio aceita a vitória e a derrota, procura ser um clube em uma linha de razoabilidade. Não vamos ficar arrastando uma situação e dando esperanças apenas para manter algo aceso. Se tivermos condições reais de vencer, prosseguiremos. Se não tivermos, pararemos por aqui e vamos aceitar – afirmou Hein.


"Decisão que desmoraliza e desacredita por inteiro o futebol sul-americano. É praticamente incentivar e criar o processo de facilitação, de consumar o ilícito, a falcatrua. E praticamente não ser punido" (Romildo, presidente do Grêmio).

Grêmio promete recorrer, mas descrente

O resultado publicado pelo Conmebol em seu site na noite deste sábado abre a possibilidade do Grêmio recorrer à Câmara de Apelações da entidade. O presidente gremista disse que "possivelmente" o Tricolor tomará esse caminho. Mas como não cabe o pedido de efeito suspensivo, não há como impedir o primeiro superclássico argentino, marcado para o próximo sábado, de ser disputado. Os gaúchos têm prazo de sete dias corridos para interpor o recurso.
– Vamos pedir exatamente o que pedimos no primeiro grau, mas depois do jogo jogado, o que resta, na prática? Resta uma nova final? Sei lá, teria como consequência talvez isso. Mas o que é mais relevante de tudo isso, independente do recurso, é a desmoralização do futebol, a afronta que foi praticada. Aqueles que julgaram, aceitaram essa situação como normal, sequer puniram o clube que foi patrocinador de tudo isso. A consequência dos processos internos que estavam sendo revistos, mas é da boca para fora – disparou.



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