Segundo a assessoria do socialista, ainda não existe uma definição sobre
quem irá representar o governador na reunião que, na verdade, contará com a
presença do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes
Publicado em: 10/11/2018
09:17 Atualizado em:
Mesmo estando do lado contrário ao palanque de Jair Bolsonaro (PSL) na
eleição presidencial, o governador Paulo Câmara (PSB) acredita que não haverá
prejuízo ao estado por ele não participar da reunião com a equipe econômica do
presidente eleito, prevista para quarta-feira. Ontem, quando questionado sobre
tal possibilidade, o socialista reagiu. “De jeito nenhum”, respondeu,
referindo-se à hipótese de haver futuras retaliações. Ele comentou sobre o
assunto após participar da entrega de medalhas nas comemorações do
aniversário de 50 anos do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Paulo Câmara afirmou ter sido convidado para o encontro pelos
governadores eleitos do Distrito Federal (Ibaneis Rocha/MDB), São Paulo (João
Dória/PSDB) e Rio de Janeiro (Wilson Witzel/PSC). “Infelizmente, já estou com
viagem marcada. Alguns governadores também estão com viagem marcada e não
poderão ir. Temos uma expectativa de, tão logo seja possível, o presidente
receba efetivamente os governadores da forma institucional, como deve ser feito
quando ele assumir o cargo”.
Segundo a assessoria do socialista, ainda não existe uma definição sobre
quem irá representar o governador na reunião que, na verdade, contará com a
presença do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes. A possível participação
de Bolsonaro está sendo cogitada por Dória, que tem sido o intermediário entre
os futuros gestores estaduais e o novo governo. Segundo o tucano, o encontro
será para detalhar as propostas para área econômica, além de tentar negociar um
novo pacto federativo. O presidente eleito, de acordo com o tucano, deverá
chegar para o encerramento da reunião.
EFEITO CASCATA
Ontem, Paulo também falou sobre os impactos para o estado por conta do
reajuste do salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que vai
passar de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil. O projeto foi aprovado na última
quarta-feira no Senado e serve de referência para outras carreiras do
Judiciário. O governador destacou que ainda não fez a conta, mas irá conversar
com os poderes. “Isso tem um impacto efetivo no Poder Judiciário, Ministério
Público e Tribunal de Contas. Então, é um assunto que precisa ser debatido.
Vamos sentar à mesa para achar uma alternativa porque o fortalecimento das
nossas instituições prevalece acima de tudo”.
0 comentários:
Postar um comentário