Preparando o terreno para liberar as rinhas.
Antigo
conhecido dos ativistas ambientais, acusado de ser um dos maiores desmatadores
de florestas do Brasil, o ministro Blairo Maggi assinou recentemente a Portaria
nº 1.907
19/11/2018
às 09:54
O documento, publicado no Diário Oficial da União pode abrir um precedente para a volta das
rinhas de galo no país, proibidas há muitos anos.
A Portaria diz o seguinte:
Art. 1º Aprovar o Parecer nº 4/2018/CTBEA/GAB-GM/MAPA, de 07 de
novembro de 2018, analisada pela Comissão Técnica Permanente de Bem-Estar
Animal – CTBEA, deste Ministério, instituída pela Portaria nº 905, de 19 de
abril de 2017, o qual reconhece o “Manual de Criação e Manejo – Mura – Galo de
Combate”, considerando as características da raça Mura, descrevendo
procedimentos adequados para a criação e manejo destas aves, tendo em conta
especificidades inerentes da raça com vistas a atender aos princípios de
bem-estar animal.
Contudo, nem o Parecer em questão, nem o manual citado podem ser
encontrados em buscas no site oficial do Ministério da Agricultura. Dedicamos
horas de pesquisa para trazer à tona o conteúdo desses documentos citados, mas
não obtivemos sucesso.
Desde 2015, há um Projeto de Lei tramitando na Câmara dos
Deputados para que sejam novamente autorizadas as brigas de galo (veja aqui).
Quase sempre, os galos explorados para rinhas são os da raça Mura, conhecidos
como “Galos Combatentes”, os mesmos que agora têm sua criação reconhecida pelo
Ministério da Agricultura.
Embora proibidas, as rinhas continuam acontecendo pelo Brasil,
conforme é possível conferir em diversos vídeos recentes no YouTube. O
reconhecimento do governo da criação e manejo desses animais pode significar um
preparo de terreno para uma futura liberação das rinhas
Ministério da Agricultura dá parecer favorável a manual de criação de
“galos de combate”
O ministério não se manifestou sobre a
possibilidade do parecer oficial abrir um precedente que possa favorecer as
brigas de galos no Brasil
16 de novembro de
2018
Publicada esta semana no Diário Oficial da União, a portaria
1.907/2018, assinada pelo ministro da agricultura Blairo Maggi, tem levantado
controvérsias. O motivo é que a Comissão Técnica Permanente de Bem-Estar
Animal, vinculada ao Ministério da Agricultura, deu um parecer favorável ao
“Manual de Criação e Manejo – Mura – Galo de Combate”.
Segundo publicação oficial, o manual considera as
características da raça mura, descrevendo procedimentos adequados para a
criação e manejo das aves, tendo em conta especificidades inerentes da raça com
vistas a atender aos princípios de bem-estar animal.
A Associação dos Criadores e Preservadores de Aves
Ornamentais (ANCPAC) justifica que a medida visa a proteção da raça,
e que por ser um animal de “natureza belicosa”, quando os “galos de combate”
são apreendidos, mesmo que sem envolvimento com rinhas, é comum o extermínio.
Por enquanto o Ministério da Agricultura não se manifestou sobre
a possibilidade do parecer oficial abrir um precedente que possa favorecer as
brigas de galos no Brasil. Porém, isso tem preocupado ativistas dos direitos
animais, considerando que no país tem surgido petições online a favor tanto da
criação de “galos de combate” quanto de rinhas.
Embora a realização de brigas de galos seja crime, isso não tem
impedido a prática no interior do Brasil. No dia 9, a Polícia Ambiental
identificou e multou em R$ 50 mil um proprietário de 17 galos da raça índio em
Cândido Mota, em São Paulo. Os animais foram encontrados depenados, com as
esporas mutiladas e com inúmeras lesões que só poderiam ser ocasionadas por
participação em rinhas.
No dia 10, a Polícia Ambiental também fechou uma rinha de galos
em Piçarras, Guaratuba, no litoral do Paraná. No local, foram presas 43
pessoas, entre moradores de Guaratuba, Paranaguá, Joinville, Garuva, Itapoá e
Itaió. Os policiais conseguiram resgatar 29 galos, alguns gravemente feridos,
além de encontrarem um animal morto.
Já no dia 11, a Polícia Ambiental prendeu 27 pessoas na zona
rural de Caras Altas, em Itaú de Minas, em Minas Gerais. No local, havia mais
de 70 galos da raça índio e materiais usados para intensificar os golpes dos
animais colocados para lutarem em duas arenas até a morte.
Legaliza Brasil
ResponderExcluirMentira! Trata-se da CRIAÇÃO de um animal nobre! Não se trata de combate! Ou vocês "ambientalistas" querem mesmo estinguir a raça? Trata-se de criação de galinhas!
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