"Lula
é o primeiro a dizer que não quer favor, quer reconhecimento do erro do
Judiciário", ressaltou o candidato à Presidência
Publicado em: 18/09/2018 10:14 Atualizado
O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad (PT),
afirmou nesta terça-feira (18) que não vai dar indulto ao ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Operação Lava Jato, caso seja
eleito. "Lula é o primeiro a dizer que não quer favor, quer reconhecimento
do erro do Judiciário". Pressionado, Haddad, pela primeira vez, negou:
"Não. Não ao indulto", disse, em entrevista à Rádio CBN e ao portal
G1.
Na entrevista, Haddad citou novamente que nas visitas que faz ao líder petista
o próprio Lula rechaça a ideia de deixar a prisão por meio de um decreto
presidencial, pois confia que as cortes brasileiras de Justiça e os fóruns
internacionais irão atestar a sua inocência no processo do tríplex do Guarujá
(SP), no qual foi condenado a 12 anos e um mês de prisão.
O ex-presidente está preso na carceragem da Polícia Federal de Curitiba
desde o dia 7 de abril. "Lula é o primeiro a dizer que não quer favor,
quer reconhecimento do erro judiciário", repetiu Haddad.
Questionado se colocaria Lula em um ministério, Haddad desconversou.
"Acho essa pergunta muito pequena para um cara da estatura do Lula. Ele só
aceitou ser ministro da Casa Civil (em 2016) porque estávamos prevendo que um
golpe de Estado aconteceria como aconteceu", disse, em relação ao
impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Nas críticas que fez à gestão Dilma, Haddad reiterou que não manteria em
um eventual governo seu a política de desonerações. A despeito das críticas, o
petista disse que Minas Gerais irá reparar o erro do impeachment da então
presidente da República, elegendo-a senadora, "enquanto seu algoz Aécio
Neves não será eleito".
Haddad lembrou que o tucano não está concorrendo à reeleição ao Senado.
O tucano disputa uma cadeira na Câmara dos Deputados.
O candidato disse ainda que apoiaria Ciro Gomes (PDT) em um segundo
turno, assim como receberia apoio do adversário. "O Brasil está correndo
risco de entrar numa nova aventura. Eu gosto do Ciro, sou amigo dele, pretendo
estar junto com ele nessa caminhada. Não deu no primeiro turno. Nós pertencemos
ao mesmo campo político contra esse obscurantismo que hoje está vigente no
País", afirmou.
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