Agressor de Jair Bolsonaro disse em depoimentos que achava que seria morto após atentado
Nos depoimentos à Polícia Federal, Adélio
Bispo de Oliveira disse que acreditava que seria fuzilado pela polícia e que
não sairia vivo. Fantástico falou com pessoas que conviveram com ele e a
família.
Após o atentado contra o candidato à Presidência Jair Bolsonaro, o Fantástico mostra como estão as investigações e responde: quem é o agressor, Adélio Bispo de Oliveira? E por que ele fez isso?
Nos depoimentos à Polícia Federal, Adélio Bispo disse que acreditava que, depois do atentado, seria fuzilado pela polícia, e que não sairia vivo.
Justiça quebra sigilo de dados de
agressor de Bolsonaro
Adélio Bispo de Oliveira foi transferido para
penitenciária de segurança máxima em Campo Grande. PF discute com
representantes de campanha reforço na segurança dos candidatos.
O homem que esfaqueou o candidato Jair Bolsonaro, do PSL, foi transferido neste sábado (8) para a penitenciária federal de segurança máxima de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. A Justiça autorizou a quebra do sigilo de dados dos celulares e do computador de Adélio Bispo de Oliveira para rastrear mensagens, ligações e anotações feitas por ele antes do ataque.
Adélio Bispo de Oliveira foi transferido neste sábado de Juiz de Fora para Campo Grande. Ele chegou perto das 13h, horário de Brasília, e está num presídio federal.
A cela tem sete metros quadrados, com cama, escrivaninha, vaso, pia e chuveiro. A cela é individual e fica na ala destinada a réus colaboradores e presos protegidos pela Justiça ou com risco à integridade física. A transferência dele foi autorizada na sexta-feira (7) pela juíza federal Patricia Alencar. Ela converteu a prisão de Adélio em preventiva por considerar que ele representa risco à sociedade.
Na decisão, a juíza transcreveu trechos do depoimento que a Polícia Federal considerou como sendo de uma pessoa perturbada. Quando perguntado sobre a motivação do crime, Adélio disse que recebeu uma ordem de Deus para tirar a vida de Bolsonaro. Declarou também que “não foi contratado por ninguém para atentar contra a vida do candidato e que não recebeu o auxílio de ninguém”.
Adélio disse que é de esquerda e que discorda do que acredita serem ideias de Bolsonaro contra homossexuais, negros, pobres e índios. Adélio disse que são posições de extrema direita.
A Polícia Federal segue investigando a possibilidade de participação de mais dois suspeitos - um deles está internado porque se envolveu em uma briga durante o ataque a Jair Bolsonaro.
No inquérito sobre o atentado contra Bolsonaro, os investigadores querem saber se Adélio recebeu ajuda, se agiu sozinho e como estava se mantendo financeiramente há 15 dias em Juiz de Fora, cidade onde aparentemente não
tem vínculos.
Para rastrear os contatos que o agressor teve antes do ataque, a juíza federal Patricia Alencar autorizou a quebra de sigilo de dados de aparelhos eletrônicos apreendidos.
A PF terá acesso ao conteúdo de quatro celulares e um notebook. Os aparelhos foram apreendidos com ele e na pensão onde Adélio se hospedava. Os policiais vão analisar ligações que ele fez e recebeu, mensagens trocadas em aplicativos de conversas, anotações no celular e no notebook e todas as outras informações gravadas na memória dos aparelhos.
Investigadores descobriram que Adélio tem 39 registros de empregos em várias cidades diferentes, por curtos períodos, com remuneração de um salário mínimo. O último emprego foi de garçom. A PF apura se hoje Adélio vive de seguro-desemprego, como ele alegou. O Ministério Público Federal está rastreando esses dados para entender o modo de vida de Adélio e de onde vem o dinheiro dele. A PF deve terminar o inquérito em dez dias.
No fim da tarde, em Brasília, o diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, se reuniu com os representantes de campanha dos candidatos na sede da PF.
Em nota oficial a polícia disse que “os representantes foram informados que, em decorrência da elevação do nível de alerta provocado por evento crítico no decorrer de campanha, haverá aumento do efetivo policial colocado à disposição das equipes de segurança”.
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