G1 comparou orçamentos de 2017, 2018 e
2019. Mesmo com limite imposto pelo teto de gastos, maior parte das políticas
públicas receberá mais recursos no ano que vem.
06/09/2018
05h00
O governo enviou na semana passada ao Congresso Nacional a proposta orçamentária de 2019. No documento, indicou os valores que disponibilizará para os programas e políticas públicas no próximo ano.
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O G1 fez um levantamento e comparou os números previstos para o ano que vem com os orçamentos de 2017 e de 2018, com base nas propostas encaminhadas pelo governo.
Na semana passada, o Ministério do Planejamento já havia informado os ministérios que mais perderão e mais ganharrão recursos em 2019, mas o detalhamento por programas foi incluído somente no Projeto da Lei Orçamentária Anual (PLOA).
No caso do Bolsa Família, o ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame, afirmou nesta quarta-feira (5) que o presidente Michel Temer determinou a recomposição dos recursos no projeto de lei orçamentária de 2019. O valor assegurado ao programa social na proposta ficará em R$ 30 bilhões.
Teto de gastos
Os valores previstos para 2019 são influenciados pela regra do teto de gastos, aprovada pelo Congresso em 2016 e que prevê que as despesas não podem crescer acima da inflação.
Como as chamadas despesas obrigatórias estão crescendo acima da inflação, os gastos discricionários (que podem ser alterados) estão cada vez com menos espaço.
Programas que perderão recursos
A proposta de orçamento do próximo ano indica redução nos recursos de algumas áreas, entre as quais:
- fortalecimento e dinamização da agricultura familiar (-25,4%);
- promoção da igualdade racial e superação do racismo (-37,2%);
- promoção do trabalho decente e economia solidária (-1,39%);
- agropecuária sustentável (-11%).
Áreas que aumentaram a verba
Nas áreas abaixo, houve aumento de recursos de 2018 para 2019, mas os valores ficaram abaixo do ano de 2017:
- Políticas para mulheres;
- aviação civil;
- ciência, tecnologia e inovação;
- cultura;
- defesa agropecuária;
- esporte;
- estabilidade do sistema financeiro e melhoria do ambiente de negócios;
- geologia;
- mobilidade urbana;
- moradia digna;
- petróleo e gás;
- política espacial;
- defesa nacional;
- política nuclear;
- crianças;
- pessoas com deficiência;
- direitos humanos;
- povos indígenas;
- reforma agrária;
- saneamento básico;
- segurança alimentar;
- educação;
- política externa;
- recursos hídricos;
- transporte terreste.
Programas que tiveram alta na comparação com 2017
Os programas abaixo tiveram aumento de recurso em relação a 2018 e a 2017:
- fortalecimento do Sistema Único de Saúde;
- bolsa família;
- comércio exterior;
- comunicações;
- consolidação do sistema único de assistência social;
- promoção dos direitos da juventude;
- gestão de riscos e desastres;
- pesca e aquicultura;
- Previdência Social.
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