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sábado, 4 de agosto de 2018

TORRES NOTICIAS Nicarágua: promotoria considera brasileira culpada por própria morte


Segundo versão dos promotores, Raynéia Gabrielle 

Lima dirigiu 'de forma descontrolada e em atitude 

suspeita'. Ela foi morta com um tiro no peito


·         INTERNACIONAL
·         Ana Luísa Vieira, do R7
·        


A estudante pernambucana de medicina Raynéia Gabrielle Lima, morta a tiros na Nicarágua no último dia 23 de junho, foi considerada culpada pela própria morte pela promotoria do país por "dirigir de forma descontrolada e em atitude suspeita". As informações foram divulgadas pelo jornal La Prensa nesta sexta-feira (3).
De acordo com a publicação, a apresentação da promotoria é "inverossímil".
Por conta desta versão, o ex-militar Pierson Gutierrez Solis, de 42 anos, foi acusado de homicídio (quando não há intenção de matar) e porte ilegal de arma de fogo — conclusão que deve significar um período menor de pena em relação a uma acusação de assassinato (quando há a intenção de matar), segundo o jornal.
Versão do ex-militar
O ex-militar contou à promotoria que voltava de Ciudad Sandino, em Manágua, às 22h do dia 23 de junho, quando decidiu visitar dois guardas amigos em uma guarita situada em uma área residencial. Foi por onde Raynéa passou de carro.
La Prensa relata que, pela audiência, os três sentiram que suas vidas corriam perigo ao observar como a estudante dirigia. Um deles teria disparado para o ar em advertência, mas a bala acabou por atingir a brasileira — que ainda dirigiu por pouco mais de 100 m até cair no chão, ser encontrada pelo próprio noivo e levada para o Hospital Militar.
Raynéa foi a óbito durante uma cirurgia na instituição de saúde e seu corpo foi enterrado nesta sexta-feira por volta das 11h no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, região metropolitana do Recife, no Pernambuco.

Brasileira morta na Nicarágua é enterrada no Recife

Corpo da estudante Raynéia Lima chegou ao Brasil nesta sexta-feira



O enterro da estudante pernambucana Raynéia Gabrielle Lima, morta no dia 23 de julho na Nicarágua, ocorreu nesta sexta, em cemitério na região metropolitana de Recife -

O traslado do corpo de Raynéia tardou — chegou ao Brasil doze dias depois de sua morte na capital Manágua, em 23 de julho, e uma semana após a liberação pelo Instituto Médico Legal nicaraguense. A demora se deu por questões burocráticas, segundo o secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico.
O embalsamento do corpo, custeado pelo governo do estado, dependia do envio do dinheiro e, depois, da confirmação de recebimento dos recurssos pela funerária Monte de los Olivos, a única de Manágua que oferece e presta o serviço.
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A companhia de aviação Copa Airlines abriu mão dos encargos do transporte, que, enfim, teve início na última quinta-feira, quando o voo com o corpo da brasileira partiu da Nicarágua rumo ao Recife, com uma escala no Panamá.
Em meio à tristeza da família de Raynéia, o secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco criticou a falta de envolvimento do governo federal no caso.
— Entendemos a necessidade de o governo federal se engajar nessa questão. Não se engajou como deveria, pois ficou a cargo do governo de Pernambuco todos os custos, todos contatos, toda negociação — afirmou Pedro Eurico.
Raynéia Gabrielle Lima, de 31 anos, era estudante de Medicina e foi vítima de disparos a partir de uma carabina M4, tipo de fuzil usado por forças armadas em outros países. O governo Daniel Ortega, porém, defende que ela foi alvejada por um segurança particular, que, segundo organizações de direitos humanos, não costumam andar armados na Nicarágua. A polícia inclusive prendeu um suspeito, com quem se encontrava uma carabina M4, mas foi vaga quanto às provas que confirmam ser ele o autor do crime.
Os confrontos violentos — entre forças do governo, paramilitares e manifestantes que ocupam as ruas em protestos desde abril — deixaram mais de 300 vítimas, segundo o último relatório da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). O presidente Daniel Ortega é acusado pelo órgão de perseguir e reprimir de forma violenta opositores e manifestantes em geral.



Uma semana após ser liberado, corpo de pernambucana morta na Nicarágua chega ao Recife

Corpo de Raynéia Lima chegou ao Brasil na madrugada desta sexta-feira (3) e está sendo velado no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, na Região Metropolitana.





corpo da estudante Raynéia Lima, pernambucana de 30 anos morta na Nicarágua no dia 23 de julho, chegou no início da madrugada desta sexta-feira (3) ao Aeroporto Internacional do Recife, na Zona Sul da capital. Uma semana após ter sido liberado pelo Instituto de Medicina Legal nicaraguense, o corpo foi recepcionado por parentes e representantes dos governos estadual e federal. O velório ocorreu no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, na Região Metropolitana. (Veja vídeo acima)
A aeronave que transportou o corpo de Raynéia deixou o Aeroporto Internacional Augusto César Sandino, em Manágua, capital da Nicarágua, às 14h30 (horário de Brasília) da quinta-feira (2), em direção ao Aeroporto Internacional Tocumen, no Panamá, antes de partir rumo ao Recife, onde chegou por volta de 0h40.

Logo após a chegada do corpo de Raynéia, a mãe dela, a aposentada Maria Costa, foi conduzida - junto com familiares; o secretário de Justiça e Direitos Humanos do estado, Pedro Eurico; e um representante do Ministério das Relações Exteriores - ao setor de cargas do aeroporto. (Veja vídeo acima)
Maria Costa e familiares estavam muito emocionados. A solenidade de recepção do corpo, que havia sido planejada, não foi realizada.



Em seguida, por volta de 1h15, o corpo foi levado para o Cemitério Morada da Paz, no município de Paulista, no Grande Recife, para o velório, que começou às 8h. O sepultamento ocorreu às 11h.
Segundo o secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, esforços conjuntos de Receita Federal, Polícia Federal e Ministério da Relações Exteriores ajudaram na liberação imediata do corpo. Mas ele criticou o tratamento que o governo federal deu ao caso.
"Entendemos a necessidade de o governo federal se engajar nessa questão. Não se engajou como deveria, pois ficou a cargo do governo de Pernambuco todos os custos, todos contatos, toda negociação", afirmou.
Eurico espera agora participação ativa do governo federal no esclarecimento da morte de Raynéia. "Esperamos que que o ministro Aloysio Nunes (Relações Exteriores) dê sequência à representação que fizemos à Corte Inter-Americana, porque o que mais recebei (de questionamentos) aqui da família foi a cobrança para que esse crime não fique impune, não seja mais um crime político na América Latina que morre com o tempo. Nós queremos apuração. É uma estudante, uma pernambucana que foi barbaramente assassinada por um governo autoritário", disse.




Gibson Rocha, professor e ex-cunhado disse a família vive um misto de consternação e revolta. "Sempre que acontece um crime tão brutal a gente fica sem palavras. Há muitas dúvidas de como se processou os últimos passos de Raynéia. Isso causa um mal-estar muito grande na família", disse.


Entenda o caso

Raynéia Gabrielle Lima foi morta no sul de Manágua, onde cursava medicina, após ser atingida por tiros disparados por um grupo de paramilitares. No país desde 2013, a pernambucana se preparava para voltar ao Brasil em 2019, segundo a mãe. (Veja vídeo acima)
Em 25 de julho, a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco se dispôs a arcar com os custos do traslado e do funeral de Raynéia Lima. A secretaria informou que faria o pagamento apenas do embalsamamento, porque a Copa Airlines dispensou o pagamento e o sepultamento foi programado para ser realizado em um cemitério do Grande Recife, onde a família possui jazigo.
O governo de Pernambuco informou que solicitou ao governo federal que a Corte Interamericana de Direitos Humanos investigue o assassinato da jovem. Além de buscar esclarecimentos junto ao governo nicaraguense sobre o assassinato da pernambucana, o Itamaraty convocou a embaixadora da Nicarágua no Brasil, Lorena Martínez, a dar explicações ao Ministério das Relações Exteriores sobre a morte da estudante.
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e o Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos (Acnudh) responsabilizaram o governo da Nicarágua por "assassinatos, execuções extrajudiciais, maus tratos, possíveis atos de tortura e prisões arbitrárias".

Entenda o caso

Raynéia Gabrielle Lima foi morta no sul de Manágua, onde cursava medicina, após ser atingida por tiros disparados por um grupo de paramilitares. No país desde 2013, a pernambucana se preparava para voltar ao Brasil em 2019, segundo a mãe. (Veja vídeo acima)
Em 25 de julho, a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco se dispôs a arcar com os custos do traslado e do funeral de Raynéia Lima. A secretaria informou que faria o pagamento apenas do embalsamamento, porque a Copa Airlines dispensou o pagamento e o sepultamento foi programado para ser realizado em um cemitério do Grande Recife, onde a família possui jazigo.
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