Ex-candidato a prefeito de Araçoiaba,
também no Grande Recife, é um dos
presos. Polícia acredita que os desvios
de verbas
podem chegar até R$ 5 milhões.
Cinco suspeitos de integrar
uma organização criminosa que atua na Câmara Municipal de Paulista,
na Região Metropolitana do Recife, foram
presos nesta sexta-feira (10) na Operação Chaminé. Entre eles, estão um
ex-vereador de Paulista que presidiu a Câmara da cidade, uma funcionária do
local e um ex-candidato a prefeito de Araçoiaba,
também no Grande Recife. (Veja vídeo acima)
O grupo é suspeito de praticar crimes de corrupção (ativa e passiva),
fraudes em licitação, lavagem de capital e peculato, além de associação
criminosa. Além dos cinco mandados de prisão, a operação cumpre dez de busca e
apreensão domiciliar, todos expedidos pela Vara Criminal da Comarca de
Paulista. O cumprimento deles ocorre em Paulista, Araçoiaba, Igarassu e Jaboatão
dos Guararapes. (Veja vídeo abaixo)
A investigação começou em abril deste ano. Segundo a
polícia, a organização criminosa se articulava a partir do gabinete de Iranildo
Domício de Lima, que era presidente da Câmara Municipal de Paulista no período
em que os crimes aconteceram, entre 2013 e 2015.
Ainda de acordo com a polícia,
ele teria contado com a ajuda de Lúcia Maria do Nascimento, advogada e
funcionária da Câmara Municipal de Paulista. "Ela é uma diretora que usava
a conta dela para recepcionar os valores que eram desviados nessa fraude",
disse o delegado Sérgio Ricardo.
A polícia também informou que o empresário Elias Ulisses, que já foi candidato a prefeito de Araçoiaba, usava uma empresa de fachada, em Igarassu, com aparência de depósito de água mineral, para cometer os crimes. Os outros dois outros presos seriam laranjas no esquema e não tiveram os nomes divulgados pela corporação.
“Alguns serviços eram contratados para serem realizados na Câmara de Vereadores [de Paulista], como reforma e melhorias no prédio, através dessa empresa, que fraudava juntamente com algumas pessoas da Câmara, fazendo todo o desvio de verba”, afirmou o delegado.
Os policiais apuraram que, além dos contratos com a prefeitura de Paulista, ele mantinha outros com empresas de diversas cidades. Inicialmente, a Polícia Civil suspeitava de fraudes em quatro contratos, no valor de R$ 700 mil. Com o aprofundamento das investigações, a corporação acredita que as fraudes possam chegar até R$ 5 milhões.
0 comentários:
Postar um comentário