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terça-feira, 10 de abril de 2018

Moro elogia voto de Rosa Weber e diz que não se pode variar a interpretação da lei conforme o acusado


Juiz da 13ª Vara da Justiça Federal 
de Curitiba palestrou na manhã desta
 terça-feira (10) no Fórum da Liberdade
 em Porto Alegre.



 
juiz Sérgio Moro elogiou nesta terça-feira (10) o voto da ministra
 Rosa Weber na sessão do Supremo Tribunal Federal (STF)
 que negou o pedido de habeas corpus preventivo ao ex-presidente 
Luiz Inácio Lula da Silva, na semana passada. Foram seis 
votos contra o pedido da defesa e cinco a favor.
"O voto mais interessante foi o voto da ministra Rosa Weber"
, afirmou o juiz em palestra do Fórum da Liberdade,
 em Porto Alegre.
Conforme o juiz, a argumentação de Rosa foi "muito 
eloquente, especialmente para quem é da área da 
magistrada e da área jurídica."
"Você não pode variar os seus critérios de interpretação
 da lei ou os seus critérios de julgamentos segundo muda
 o acusado ou sem que haja uma razão relevante para
 mudança da jurisprudência. Isso é segurança jurídica, 
isso é estado de direito", destacou.

Moro foi aplaudido pelo público quando elogiava a ministra.
"Eu já trabalhei com a ministra Rosa Weber, tenho um grande 
apreço pela ministra Rosa Weber, uma juíza até aqui do RS, 
uma magistrada excepcional, qualificada, ela tem uma uma 
postura mais conservadora de magistrada, ela não fala com 
a imprensa. E no fundo ela está certa, todos os demais estão
 errados, inclusive eu aqui (risos)", continuou.
Participou da palestra Antonio Di Pietro, vice-procurador no 
Tribunal de Milão e promotor da Operação Mãos Limpas. 
A mediação foi filósofo Eduardo Wolf.
O Fórum da Liberdade começou na segunda-feira (9) e se
 encerra nesta terça (10) na PUCRS.

Segunda instância

Moro também falou sobre as decisões em segunda instância
, e salientou a importância de a pena ser executada a partir 
dessa etapa do julgamento. "Vale, por exemplo, para crimes
 até violentos, mas vale principalmente para crimes praticados
 por pessoas políticas ou economicamente poderosas, 
e principalmente para casos de corrupção", disse.
O juiz ainda citou uma estatística, apresentada durante 

o julgamento do habeas corpus de Lula no STF pelo ministro 
Luís Roberto Barroso. "Na prática menos de 1% ou 2% de 
recursos nos tribunais superiores são providos". Na visão dele,
 é inviável "obstruir todo o sistema" em função de um número 
tão pequeno de recursos com a possibilidade de serem providos
, e que ainda podem ser garantidos por meio de liminar, como 
comentou Moro.
O ex-presidente Lula foi condenado na primeira instância 
a 9 anos e 6 meses de prisão, pelo juiz Sérgio Moro, 
na 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, 
Na apelação em segunda instância, os desembargadores 
do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), 
em Porto Alegre, mantiveram a sentença e aumentaram 
a pena para 12 anos e 1 mês, em regime inicial fechado,
 por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
No entendimento do TRF-4, Lula passaria a cumprir a pena 
após todos os recursos serem esgotados no tribunal. Antes
 de a defesa entrar com o último recurso a que tinha direito,
 chamado de embargo dos embargos, foi expedido 
ao juiz Sérgio Moro, que mandou executar a prisão.
Lula foi preso no sábado (7), após se entregar à Polícia 
Federal, um dia após o prazo dado pela Justiça.
Além do último recurso no TRF-4, que não tem o poder
de reverter a condenação, a defesa do ex-presidente ainda 
pode recorrer no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e 
no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília.
Lula é acusado de receber o triplex no litoral de SP como 
propina dissimulada da construtora para favorecer a empresa 
em contratos com a Petrobras. O ex-presidente nega as
 acusações e afirma ser inocente.

Repercussão no exterior

Já no final da tarde, Moro participou de um encontro 
com o vice-procurador no Tribunal de Milão e promotor 
da Operação Mãos Limpas, Antonio Di Pietro, e o 
professor de Ciência Política Adriano Gianturco. Durante
 o encontro, ele afirmou que, em um regime democrático "
com liberdade, igualdade e tolerância" é possível solucionar
 o problema da corrupção.
"Nós não somos inerentemente corruptos, nós criamos
 um ambiente que favorece a corrupção, e a responsabilidade
 desse sistema não está nas estrelas, mas está unicamente
 em nós. Se isso é algo que nos envergonha, também 
é algo que nos motiva no sentido de que nós temos 
condições de alterar", disse o magistrado.
Do lado de fora do campus da PUCRS, onde foi
 realizado o evento, um grupo de cerca de 25 manifestantes
 fizeram um protesto pedindo a liberdade do ex-presidente 
Luiz Inácio Lula da Silva. Faixas foram estendidas 
criticando Moro. Dentro do prédio, houve gritos tanto 
de apoio quanto de críticas ao juiz.
Moro também falou sobre a repercussão da Operação 
Lava Jato no exterior. "O que me chamou a atenção em
 todos esses países foi que eu fui recepcionado e 
não ouvi juízo de censura, pessoal falando 'que vergonha 
esses casos de corrupção'. Foi um discurso extremamente
 positivo, examinaram o que vem ocorrendo no Brasil, com
 uma certa ponta de inveja, de 'nós precisamos fazer o 
mesmo aqui'", contou.



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